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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Humanos poderão criar extraterrestres no espaço

Humanos poderão criar extraterrestres no espaço


Como publicado no site da Voz da Rússia em português, pela repórter Elena Kovachich:


Cientistas siberianos pretendem testar um reator no qual, em condições de microgravidade, podem ser cultivados órgãos humanos e obtidos materiais químicos com novas propriedades. No espaço, é bem possível criar até seres “extraterrestres”, dizem no Centro de Tecnologias de Vórtices de Novossibirsk, onde estão sendo realizadas estas pesquisas.
Células estaminais e micropartículas são misturadas num reator por um vórtice de ar, o que lhes permite se conectarem, porque em condições de microgravidade isso é um problema: na ausência de gravidade os líquidos não fluem, mas formam uma bolha que “flutua” no vácuo. Um protótipo do dispositivo já foi testado com sucesso na Terra, e agora é hora de ir para o espaço. Pois na ausência de peso os resultados podem ser diferentes, apesar de que, o mais provavelmente, o “princípio de tornado” irá funcionar lá também, disse à Voz da Rússia o diretor do Centro de Tecnologias de Vórtices, Yuri Ramazanov:
“Nós desenvolvemos um aparelho que poderá misturar líquidos na ausência de peso em condições de microgravidade. Na segunda metade do ano planejamos testá-lo no laboratório voador do Centro Gagarin de treinamento de cosmonautas. Se tudo for confirmado em mais de 50%, então poderemos prosseguir para a EEI, onde pretendemos realizar pesquisas biológicas.”
Em condições de ausência de gravidade, todos os processos químicos e biológicos ocorrem de maneira diferente do que na Terra. Isto torna possível obter tanto produtos com novas propriedades como organismos vivos. Foi por isso que surgiu a ideia de cultivar órgãos. Na Terra, a gravidade impede a criação de objetos tridimensionais, diz Yuri Ramazanov:
“Na Terra, é difícil para os objetos tridimensionais crescerem igualmente em todas as direções porque domina a força que age para baixo. Tentativas de criar microgravidade na Terra foram feitas mas, por enquanto, ainda não há sucesso nessa direção. Estão sendo feitos trabalhos na área de cultivação de órgãos, mas organismos  biológicos tridimensionais crescerão melhor em gravidade zero porque eles podem fazê-lo simultaneamente em todas as dimensões, uma vez que não haverá uma força dominante.”
Não está longe o dia em que  um organismo completamente diferente dos seres terrestres poderá “nascer” em órbita. Vai ser um verdadeiro alienígena do espaço, assegura Yuri Ramazanov:
“Obter um organismo vivo com propriedades fundamentalmente novas é absolutamente viável. Em órbita foi cultivada uma das bactérias – a salmonela. Quando a trouxeram de volta, ela era 20 vezes mais perigosa. Por isso, é possível obter polímeros com propriedades completamente novas. Mais provavelmente, será possível obter seres vivos também.”
O desenvolvimento dos cientistas de Novossibirsk também tem um uso bastante prático. Ele pode ajudar a sustentar a vida dos astronautas. Hoje em dia, mas principalmente durante voos de longo curso, para os quais a humanidade se está preparando, os resíduos inevitavelmente acumulados durante a vida da tripulação devem ser reciclados de alguma forma. E o reator da Sibéria poderia transformar, por exemplo, lenços higiênicos usados pelos astronautas, em glucose. O mesmo pode ser feito com outros resíduos.
Os testes do reator estão previstos para o segundo semestre de 2013. “Então ficará claro se estamos no caminho certo”, disse o diretor do Centro de Tecnologias de Vórtices.

60 bilhões de exoplanetas podem suportar a vida, sugere estudo

60 bilhões de exoplanetas podem suportar a vida, sugere estudo



Embora somente por volta de uma dúzia de exoplanetas potencialmente habitáveis foram detectados até agora, cientistas dizem que o Universo pode estar transbordando de mundos alienígenas que podem suportar a vida.  Somente na nossa galáxia, a Via Láctea, pode haver 60 bilhões de exoplanetas capazes de suportar a vida, os quais orbitam estrelas vermelhas anãs, sugere uma nova estimativa.
Com base em um banco de dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, os cientistas prevêem que deva haver um planeta do tamanho da Terra dentro da zona habitável de cada anã vermelha, que é o tipo mais comum de estrela.  Mas um grupo de pesquisadores agora dobrou esta estimativa, após considerar o fato de que a cobertura de nuvens ao redor de planetas pode ajudar a dar suporte à vida alienígena.
As nuvens podem causar o aquecimento, e elas causam o resfriamento na Terra“, disse Dorian Abbot, professor em ciências geofísicas da Universidade de Chicago.  “Elas refletem a luz solar para resfriar as coisas, e então absorvem a radiação infravermelha da superfície para gerar o efeito estufa.  Isso é parte do que mantém o planeta morno o suficiente para sustentar vida.
A zona habitável é definida como a região onde um planeta conta com a temperatura certa para manter a água de sua superfície no estado líquido, que é considerado um requerimento para a vida, tal como a conhecemos.  Se um planeta estiver muito longe de sua estrela, sua água congela; muito próximo, sua água evapora.  Já que as anãs vermelhas são mais fracas e mais frias do que o nosso sol, suas zonas habitáveis são muito mais confortáveis do que a do nosso sistema solar.
Se você estiver orbitando ao redor de uma estrela de pouca massa, ou anã, você deve orbitar uma vez por mês, ou uma vez a cada dois meses para receber a mesma quantidade de luz solar que recebemos do Sol“, explicou outro autor do estudo, Nicolas Cowan, da Universidade Northwestern.
Com tal órbita apertada, um planeta habitável ao redor de uma anã vermelha ficaria com o giro em seu eixo trancado, o que significa que teria a mesma face sempre apontada para sua estrela, tal qual nossa Lua, que mostra sempre a mesma face para a Terra.  Essa face receberia luz solar eterna.
No novo estudo, os pesquisadores usaram simulações 3D para modelar a forma com que o ar e a umidade se moveriam por sobre um planeta com seu giro trancado.  A equipe descobriu que a água presente em sua superfície resultaria em nuvens de vapor.  Além disso, as nuvens altamente refletoras ficariam concentradas na altura da face que aponta para estrela, onde é sempre ‘meio-dia’.  Isto teria um efeito resfriador no anel interno da zona habitável, o que significa que planetas assim teriam a capacidade de sustentar a água em suas superfícies mais próximas de suas estrelas, dizem os pesquisadores.
As descobertas poderiam dar aos cientistas novas formas de confirmar a presença de água líquida nas superfícies de exoplanetas com o Telescópio Espacial James Webb, que é um novo observatório com base o espaço, o qual será lançado em 2018.
Se você olhar do espaço para o Brasil, ou para a Indonésia, com um telescópio infravermelho, esses países podem parecer frios, e isto ocorre devido ao fato de estarmos olhando para a cobertura de nuvens deles“, disse Cowan.  “A cobertura de nuvens está em grande altitude e lá é extremamente frio.
O mesmo pode ocorrer com exoplanetas habitáveis que tenham uma cobertura de nuvens com alta refletividade, dizem os cientistas.  Se o Telescópio James Webb detectar uma sinal frio similar por sobre a face de um exoplaneta que sempre está apontada para sua estrela, diz Abbot que “é quase definitivamente devido as nuvens e é uma confirmação de que você tenha água líquida na superfície“.
Fonte: space.com

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